O condicionamento do relevo da Serra do Espinhaço , por suas características peculiares ao
orógeno homônimo , é o fato mais consensual entre os estudiosos do sistema geológico da
região compreendida na extensão que abarca os dois estados , Minas Gerais e Bahia , para
entender-se a inserção da formação do relevo dentro dos contextos litológico e estrutural ,
do Orógeno do Espinhaço .
Nas estruturas principais e litologias associadas , como o resultado desta complexa evolução
geotectônica proterozoica , herdou-se o seguinte quadro lito-estrutural :
- A existência de uma unidade geo-estrutural de direção mediana , instalada na borda leste do
Cratón do São Francisco sobre um embasamento arqueano ( Complexo Brasil ) , composto por
granitos-gnáisses e quartzo-mica-xistos do Supergrupo Rio Paraúna ( Almeida Abreu et.al. 1992 .
- Da história sedimentar e metamórfica proterozóica resultaram quatro grandes "Unidades " -
lito-estratigráficas que , através das diferenças de comportamento frente ao intemperismo e de
resistência mecânica à erosão , vão controlar grande parte da formação do relevo em escala regional .
Unidade predominantemente " quartzítica " do Supergrupo Espinhaço .
- Diques e sills de rochas metabásicas recortando a anterior , unidade predominantemente xistosa do
Grupo Macaúbas e unidades pelítico-carbonática do Grupo Bambuí .
- Neste quadro litológico , deve ser ressaltada a importância volumétrica assumida pelos quartzitos
do Supergrupo Espinhaço , principalmente os da Formação Galho do Miguel na parte Sul , e pelos
xistos do Grupo Macaúbas na parte Norte .
Pesquisa Científica sobre o Passado do Espinhaço .
O geólogo Fábio Simplício , em sua Dissertação de Mestrado na Unicamp , discorreu sua Tese
sobre a " Serra do Espinhaço " .
No brilhante trabalho de pesquisa científica geológica , conseguiu reconstruir o meio ambiente a
partir da análise sedimentológica das rochas , as quais mostraram várias característica preservadas.
Informa o estudo minucioso , que exatamente a 1,8 Bilhão de anos , grande parte da região onde
hoje está a cidade de Diamantina , na Serra do Espinhaço , existia ali um grande deserto .
No estudo elaborado , descobriu-se que havia variações climáticas numa região muito diferente da
que é atualmente .
Ali não havia a presença de vegetação , cuja existência é extremamente importante no controle dos sistemas deposicionais atuais , ou seja , onde hajam ambientes naturais .
Por isso , é possível entender os fatores que causam o processos como a desertificação .
Este é um problema que afeta de maneira desastrosa muitos países como o Brasil , Estados Unidos ,
Austrália , México , devido a remoção da vegetação pela ação contínua do vento .
A intenção do geólogo e pesquisador da Unicamp , foi na realidade interpretar as formas deixadas
pelos processos físicos e químicos que geraram as rochas sedimentares da região do Espinhaço .
Destaque para o geólogo e pesquisador Fábio Simplício e seu Orientador Geólogo e Paleontólogo
Giorgio Basilici do Instituto de Geociência da Unicamp ( SP ) .
Prosseguiremos com a exposição sobre a Serra do Espinhaço , na próxima postagem .
Anexamos hoje , uma rara beleza natural do estado mineiro a Cachoeira do Taboleiro , um lugar
para refletir e harmonizar-se interior e externamente , pelo contato físico e espiritual com a criação
Divina , expressa na exuberância mostrada neste vídeo captado do Youtube . Veja e Curta .
Pesquisas : Sites google / ufmg.gov.br / unicamp/serradoespinhaço / Imagens dos sites citados
Jerônimo Furtado Sales
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Use fone de ouvido , veja em tela cheia , siga link acima :
Essas imagens são fascinante Jerônimo Sales.
ResponderExcluirIlza : O relevo da Serra do Espinhaço tem segredos geológicos muito antigos , que ainda não foram totalmente explicados pela ciência . Nosso País é rico em biodiversidade , com certeza , uma das maiores do planeta .
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